Em meio à polêmica da adoção do voto impresso, bandeira do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) para o pleito de 2002, um levantamento feito com presidentes de 18 partidos apontou que a grande maioria rejeita a reforma eleitoral que institua o modelo.

De acordo com o Instituto Ideia, que conduziu a pesquisa em parceria com o jornal O Globo, 14 dos entrevistados se mostraram contra a aprovação da medida enquanto apenas 4, com três deles alinhados ao governo Bolsonaro, defenderam a adoção do modelo.

De acordo com o grupo, o modelo de urna eletrônica adotado no Brasil é o melhor método por ser “ágil, seguro e um exemplo de modernidade para o mundo”.

Os líderes opinaram também sobre o chamado distritão, sistema no qual os deputados mais votados nos estados são eleitos sem influência coeficiente partidário. Neste assunto, dez lideranças votaram contra e oito a favor.

Os que foram favoráveis afirmaram que o sistema é mais transparente com o eleitorado e gera menos custos de implementação. Já os contrários, destacam que o modelo distorce a representatividade e diminui o poder de partidos menores.

“No caso do voto impresso o que se vê é um paralelismo com a Presidência da República. Essa é uma pauta do presidente. Já o distritão é visto como uma pauta dos partidos”, afirmou o diretor do ITS Rio, Fabro Steibel. “Não é uma reforma comum. É a maior reforma desde a Constituinte. São anos de debate legislativo sobre o tema sendo tocados às escuras e às pressas, com uma lógica do Parlamento fechado. Só que a gente tem uma oposição muito forte da opinião pública. O fundão talvez seja o melhor exemplo. Essa reforma vai colocar a população contra o Congresso”.

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