Pacientes cardíacos e hipertensos estão preocupados com o
recolhimento voluntário pelos laboratórios farmacêuticos Sanofi Medley
e Sandoz de lotes do medicamento genérico losartana.
A medida foi tomada preventivamente, entre setembro de outubro do
ano passado, depois de encontrada presença das impurezas do tipo
azido no produto.
Orientações
A orientação da Anvisa é que os usuários de losartana não interrompam
o uso do produto por conta própria.
“A losartana pertence à classe conhecida como sartanas, que são
medicamentos seguros e eficazes no controle do tratamento de
hipertensão e insuficiência cardíaca, reduzindo significativamente o risco de derrame e infarto. A interrupção do tratamento com a
losartana sem a orientação médica correta pode levar a problemas
graves, tais como episódios de hipertensão”, alertou a Anvisa.
Outra recomendação da Anvisa é que pacientes que tiverem alguma
dúvida sobre o tratamento atual devem conversar com seu médico ou
farmacêutico.
Qualquer suspeita de eventos adversos deve ser notificada à Anvisa e
informada ao médico responsável. A notificação pode ser enviada
diretamente à agência pelo link.
Lotes recolhidos
Os recolhimentos mais recentes de alguns lotes do medicamento
losartana ocorreram em setembro e outubro de 2021 e os fabricantes já
concluíram esse trabalho.
Além dessa medida, a partir da publicação das resoluções da Anvisa
que suspenderam a comercialização, nenhum lote desses produtos
pode ser colocado à venda.
Sobre a presença da impureza “azido” encontrada nas medicações, a
Anvisa explicou que ela pode ser resultado do próprio processo de
fabricação do insumo farmacêutico ativo, ou seja, um subproduto de
interações químicas que acontecem durante a produção da substância.
As substâncias têm sido identificadas pelo próprio controle de
qualidade dos fabricantes, que seguem a regulamentação da Anvisa
que determina o controle sobre impurezas em medicamentos.Este processo é contínuo dentro da rotina da empresa, a fim de
garantir que os produtos comercializados sejam adequados ao
consumo.
Riscos
Em relação a eventuais riscos para pacientes que fazem uso contínuo
desses medicamentos, a Anvisa ressaltou que o recolhimento é uma
medida de precaução.
“Não existem dados para sugerir que o produto que contém a impureza
causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos
relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de
fertilidade. Assim, não há risco imediato em relação ao uso desse
medicamento”, disse a Anvisa em nota.
A agência disse que continua  monitorarando a presença de impurezas
nos medicamentos e adota todas as medidas que forem necessárias à
proteção da saúde da população.

Fonte: Agora Rs

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