O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação de improbidade administrativa contra Jair Bolsonaro (PL) e a ex-secretária parlamentar da Câmara dos Deputados Walderice Santos da Conceição, a Wal do Açaí. Na ação,o MPF pede o ressarcimento dos recursos públicos que teriam sido desviados no período em que ela trabalhou no gabinete do então deputado, além da condenação dos dois por improbidade. Apesar de estar lotada no gabinete, Walderice trabalhava em um comércio de açaí na mesma rua onde fica a casa de veraneio de Bolsonaro, à época deputado federal, em Angra dos Reis.

“A análise dos documentos relativos aos 28 anos em que Jair Bolsonaro foi deputado federal, de 1991 a 2018, mostra uma intensa e incomum rotatividade salarial de seus assessores, atingindo cerca de um terço das mais de cem pessoas que passaram por seu gabinete nesse período. O modelo de gestão incluiu ainda exonerações de auxiliares que eram recontratados no mesmo dia, prática que acabou proibida pela Câmara dos Deputados sob o argumento de ser lesiva aos cofres públicos”, destaca reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o Ministério Público, “a análise das contas bancárias de Walderice revelou, ainda, uma movimentação atípica, já que 83,77% da remuneração recebida nesse período foi sacada em espécie, sendo que, em alguns anos, esses percentuais de saques superaram 95% dos rendimentos recebidos”.

“No exercício de mandato parlamentar, não só traiu a confiança de seus eleitores, como violou o decoro parlamentar, ao desviar verbas públicas destinadas a remunerar o pessoal de apoio ao seu gabinete e à atividade parlamentar”, diz a ação do MPF. O caso foi distribuído à 6ª Vara Federal do Distrito Federal que determinou que eles fossem intimados. Bolsonaro e Walderice possuem 30 dias para contestar as acusações.

Fonte: Brasil 247

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