A nova geração da Volkswagen Amarok será lançada na América do Sul com visual reformulado, nova base estrutural e foco em mais robustez e tecnologia. Prevista para estrear na Argentina em 2027, a picape será produzida na fábrica de Pacheco e chegará ao Brasil logo depois. Para viabilizar o projeto, a Volkswagen anunciou um investimento de US$ 580 milhões no país vizinho e confirmou o uso da plataforma chinesa SAIC Maxus Interstellar X — que também serve de base para a picape Maxus Terron 9.
Diferente da Amarok de segunda geração vendida na Europa e África do Sul — que nasceu da parceria entre VW e Ford, e é praticamente uma Ford Ranger com outro emblema — a versão sul-americana seguirá um caminho próprio. Aqui, o modelo adotará uma base chinesa, com carroceria sobre chassi, que permite o uso de motores a combustão, híbridos e até elétricos. Esse novo projeto reforça a cooperação técnica entre a Volkswagen e a chinesa SAIC, que já possuem uma longa parceria na Ásia.
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Apesar da base compartilhada, a nova Amarok terá um visual exclusivo. O design será liderado pelo brasileiro José Carlos Pavone, que já apresentou um esboço com mudanças marcantes, especialmente na dianteira. A ideia é distanciar o modelo de um simples “clone” da Maxus Terron 9. Ainda assim, os primeiros flagrantes feitos na Argentina mostram um protótipo praticamente idêntico ao modelo chinês, com rodas, laterais, barras de teto e até lanternas traseiras com LEDs verticais preservadas.
Com 5,50 metros de comprimento e 2,01 m de largura, a futura Amarok deve crescer em relação ao modelo atual, ganhando presença e espaço interno. Isso deve atrair especialmente o público rural, já que a nova geração será mais voltada para o uso off-road, abandonando a imagem mais urbana da versão atual. Entre os recursos esperados está uma suspensão a ar com altura regulável e modos de condução como Areia, Lama e Personalizado, seguindo a proposta da Terron 9 chinesa.
A motorização a diesel continuará sendo oferecida nas versões tradicionais, mas haverá novidades. O sindicato dos metalúrgicos da planta de Pacheco confirmou o desenvolvimento de uma variante híbrida, algo inédito para a Amarok. Essa flexibilidade mecânica é justamente um dos pontos fortes da nova plataforma chinesa adotada pela VW para o projeto.
Mesmo com os testes em andamento, ainda há dúvidas sobre o quanto a Amarok sul-americana será diferente da Maxus. A unidade flagrada camuflada pode ser um protótipo da própria SAIC, ou já uma prévia da futura Amarok com poucas alterações externas. Segundo fontes, há possibilidade de convivência entre a geração atual e a nova por algum tempo no mercado.
O movimento da Volkswagen mostra como parcerias estratégicas e plataformas globais estão moldando o futuro das picapes na América Latina. Com foco em versatilidade, tecnologia e uma proposta mais aventureira, a nova Amarok promete disputar espaço em um segmento cada vez mais competitivo, com lançamentos importantes previstos até 2027.