Influenciadora fitness é diagnosticada com babesiose e vive drama com risco de paralisia

Influenciadora fitness é diagnosticada com babesiose e vive drama com risco de paralisia
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A influenciadora fitness norte-americana Maria Palen, de 31 anos, foi diagnosticada com babesiose, uma doença parasitária transmitida pela picada de carrapato que pode afetar gravemente o sistema imunológico.

O caso ganhou repercussão internacional após a jovem relatar nas redes sociais que, inicialmente, apresentava sintomas leves e pouco específicos, mas que evoluíram para um quadro de dor intensa e perda parcial dos movimentos.

Começou com pequenas dores que a maioria das pessoas ignoraria, então meu corpo desistiu completamente de mim”, disse Palen ao descrever os primeiros sinais da doença. Segundo ela, tarefas simples como desbloquear o telefone ou girar o volante do carro se tornaram momentos de sofrimento intenso: “presa em uma dor insuportável”.

Entenda o que é a babesiose

A babesiose, também conhecida como piroplasmose ou doença do carrapato, é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Babesia. O contágio ocorre quando o carrapato infectado realiza o repasto sanguíneo, ou seja, durante a alimentação do parasita, os protozoários entram no organismo junto com a saliva do carrapato.

Esses parasitas invadem os glóbulos vermelhos e podem levar à destruição progressiva das células, causando um comprometimento severo do sistema imunológico. De acordo com o site especializado Chemitec, após a infecção, os protozoários podem provocar sintomas agudos ou evoluir para um quadro crônico.

O período de incubação da babesiose varia de sete a 20 dias. Embora a doença seja mais comum em cães, gatos e bovinos, também pode afetar seres humanos. O risco é maior em pacientes imunocomprometidos, idosos ou pessoas que passaram por transfusões de sangue.

Em casos mais graves, a babesiose pode provocar febre alta, icterícia, aumento do fígado e do baço, além de complicações neurológicas, como a perda de movimentos.

Diagnóstico e agravamento do quadro

Após semanas debilitada e com perda significativa de peso, Maria Palen foi inicialmente tratada para uma possível doença autoimune, até que os médicos chegaram ao diagnóstico correto. Quando retornou ao hospital, a influenciadora relatou que sentia formigamento nos membros inferiores, o que acendeu um sinal de alerta para complicações mais sérias.

Assim que os analgésicos fizeram efeito no hospital, minhas pernas começaram a ficar dormentes. Primeiro a esquerda, depois a direita, até chegar ao meu umbigo”, relatou.

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O quadro evoluiu para mielite transversa, uma inflamação na medula espinhal que pode estar associada a infecções como a doença de Lyme, outra enfermidade comumente transmitida por carrapatos. Segundo os médicos, a jovem enfrentaria um prognóstico incerto: 33% de chance de recuperação total, 33% de recuperação parcial ou 33% de nenhuma recuperação.

Fatores de risco e prevenção

A babesiose é mais frequente em regiões endêmicas, especialmente em áreas de florestas e ambientes propícios à presença do carrapato Ixodes scapularis, vetor que também transmite a doença de Lyme. Além da picada do carrapato, a babesiose pode ser transmitida por transfusão sanguínea.

Pessoas que vivem ou viajam para áreas de risco devem adotar medidas preventivas, como:

  • Uso de roupas compridas e claras para facilitar a visualização do carrapato.
  • Aplicação de repelentes específicos para carrapatos.
  • Inspeção minuciosa do corpo e roupas após passeios em matas ou gramados.

Embora a babesiose seja frequentemente assintomática ou leve em pessoas saudáveis, os casos graves podem levar a complicações sérias e até paralisia, como ocorreu com Maria Palen.

O relato da influenciadora contribui para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e da vigilância quanto a picadas de carrapatos, muitas vezes ignoradas no início dos sintomas.

Sobre o autor

Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.

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