Embraer fatura US$ 4 bi com SAS e põe 45 E195-E2 na rota nórdica

Com a aposta da SAS, o E195-E2 ganha vitrine premium na Europa e a Embraer reforça sua posição de player dominante no mercado de jatos regionais
Embraer fatura US$ 4 bi com SAS e põe 45 E195-E2 na rota nórdica
Foto: Divulgação / SAS

A Embraer abriu o mês de julho carimbando um contrato de US$ 4 bilhões (aprox. R$ 21,7 bilhões) com a Scandinavian Airlines (SAS). São 45 aeronaves E195-E2 já garantidas, com opção para mais dez. Caso a companhia escandinava exerça a opção, o pacote sobe para 55 jatos, cravando a maior compra da SAS desde 1996.

  • Início das entregas: fim de 2027
  • Duração: quatro anos, em lotes graduais
  • Montagem: linha de São José dos Campos a pleno vapor até 2031 se todos os jatos forem confirmados

Por que a SAS escolheu o E195-E2?

  1. Consumo 25 % menor de combustível por assento frente aos jatos de geração anterior.
  2. Emissões reduzidas, ajudando nos compromissos de carbono da Aviação Europeia.
  3. Flexibilidade de cabine: até 146 passageiros em classe única ou 120 em dois layouts.
  4. Alcance de 4 800 km, ideal para ligar capitais nórdicas a destinos do sul da Europa sem escalas.

O acordo chega na esteira de outras vendas quentes: só no Paris Air Show, em junho, a Embraer fechou 70 jatos (60 deles para a norte-americana SkyWest). No acumulado do ano, a carteira firme do programa E2 já ultrapassa 300 unidades, reforçando a presença da fabricante brasileira no segmento de 120-150 assentos — o nicho onde Boeing e Airbus ainda patinam.

O que muda para a Scandinavian Airlines

  • Frota padronizada: os E195-E2 substituirão 737-700 e A319 veteranos.
  • Custo operacional em queda: menos gasto com querosene e manutenção.
  • Experiência do passageiro: cabine silenciosa, bagageiros maiores e Wi-Fi de série.
  • Ruta verde: menor pegada de CO₂ para cumprir metas ambientais europeias.

Para ficar de olho

  • Opção de +10 jatos: se confirmada, empurra a produção até 2031.
  • Parcerias de manutenção: Embraer e SAS devem fechar centros MRO na Escandinávia.
  • Efeito vitrine: outras aéreas europeias podem seguir o mesmo caminho, de olho no slot limitado de Airbus e Boeing.

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