Influenciadora fitness é diagnosticada com babesiose e vive drama com risco de paralisia

Embora a babesiose seja frequentemente assintomática ou leve em pessoas saudáveis, os casos graves podem levar a complicações sérias e até paralisia, como ocorreu com Maria Palen.
Influenciadora fitness é diagnosticada com babesiose e vive drama com risco de paralisia
Babesiose: doença transmitida por carrapato deixou influenciadora fitness parcialmente paralisada - Foto: Reprodução / Instagram

A influenciadora fitness norte-americana Maria Palen, de 31 anos, foi diagnosticada com babesiose, uma doença parasitária transmitida pela picada de carrapato que pode afetar gravemente o sistema imunológico.

O caso ganhou repercussão internacional após a jovem relatar nas redes sociais que, inicialmente, apresentava sintomas leves e pouco específicos, mas que evoluíram para um quadro de dor intensa e perda parcial dos movimentos.

Começou com pequenas dores que a maioria das pessoas ignoraria, então meu corpo desistiu completamente de mim”, disse Palen ao descrever os primeiros sinais da doença. Segundo ela, tarefas simples como desbloquear o telefone ou girar o volante do carro se tornaram momentos de sofrimento intenso: “presa em uma dor insuportável”.

Entenda o que é a babesiose

A babesiose, também conhecida como piroplasmose ou doença do carrapato, é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Babesia. O contágio ocorre quando o carrapato infectado realiza o repasto sanguíneo, ou seja, durante a alimentação do parasita, os protozoários entram no organismo junto com a saliva do carrapato.

Esses parasitas invadem os glóbulos vermelhos e podem levar à destruição progressiva das células, causando um comprometimento severo do sistema imunológico. De acordo com o site especializado Chemitec, após a infecção, os protozoários podem provocar sintomas agudos ou evoluir para um quadro crônico.

O período de incubação da babesiose varia de sete a 20 dias. Embora a doença seja mais comum em cães, gatos e bovinos, também pode afetar seres humanos. O risco é maior em pacientes imunocomprometidos, idosos ou pessoas que passaram por transfusões de sangue.

Em casos mais graves, a babesiose pode provocar febre alta, icterícia, aumento do fígado e do baço, além de complicações neurológicas, como a perda de movimentos.

Diagnóstico e agravamento do quadro

Após semanas debilitada e com perda significativa de peso, Maria Palen foi inicialmente tratada para uma possível doença autoimune, até que os médicos chegaram ao diagnóstico correto. Quando retornou ao hospital, a influenciadora relatou que sentia formigamento nos membros inferiores, o que acendeu um sinal de alerta para complicações mais sérias.

Assim que os analgésicos fizeram efeito no hospital, minhas pernas começaram a ficar dormentes. Primeiro a esquerda, depois a direita, até chegar ao meu umbigo”, relatou.

O quadro evoluiu para mielite transversa, uma inflamação na medula espinhal que pode estar associada a infecções como a doença de Lyme, outra enfermidade comumente transmitida por carrapatos. Segundo os médicos, a jovem enfrentaria um prognóstico incerto: 33% de chance de recuperação total, 33% de recuperação parcial ou 33% de nenhuma recuperação.

Fatores de risco e prevenção

A babesiose é mais frequente em regiões endêmicas, especialmente em áreas de florestas e ambientes propícios à presença do carrapato Ixodes scapularis, vetor que também transmite a doença de Lyme. Além da picada do carrapato, a babesiose pode ser transmitida por transfusão sanguínea.

Pessoas que vivem ou viajam para áreas de risco devem adotar medidas preventivas, como:

  • Uso de roupas compridas e claras para facilitar a visualização do carrapato.
  • Aplicação de repelentes específicos para carrapatos.
  • Inspeção minuciosa do corpo e roupas após passeios em matas ou gramados.

Embora a babesiose seja frequentemente assintomática ou leve em pessoas saudáveis, os casos graves podem levar a complicações sérias e até paralisia, como ocorreu com Maria Palen.

O relato da influenciadora contribui para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e da vigilância quanto a picadas de carrapatos, muitas vezes ignoradas no início dos sintomas.

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