O universo digital já é parte significativa do dia a dia das pessoas há vários anos, especialmente com a chegada dos smatphones. A integração entre mundo real e virtual, no entanto, parece estar andando a passos largos e tópicos como NFTs e metaverso viraram foco de discussão nos últimos meses.

Especialistas aponta que o metaverso irá gerar diversas possibilidades de negócios e algumas gigantes, como Nike e Adidas, se anteciparam e já iniciam os primeiros testes.

Fábio Matos é o CEO da Metablock, uma empresa cearense especializada em tokenização, que é o processo de transformar um ativo do mundo real em um token que pode ser negociado no mundo virtual.

Em resumo, o proprietário consegue monetizar o ativo a partir dos aportes dos investidores, cuja rentabilidade está atrelada aos mais diversos tipos de  opções de renda fixa.

“Tokenizar é pegar um ativo real e, através do registro na blockchain, trazer para o ambiente digital. Os NFTs nada mais são do que um token”, explica Matos.

A Metablock foi estruturada após a ascensão das discussões relacionadas ao metaverso no segundo semestre de 2021 e deve lançar ainda este mês a própria plataforma de disponibilização e negociação de tokens.

“Nós somos o meio, o veículo, um grande marketplace. O objetivo final da tokenização é trazer liquidez a ativos não líquidos e velocidade para a negociação, além de um menor spread”, destaca o executivo.

A plataforma da empresa chegará ao mercado com dois produtos: tokens de um empreendimento imobiliário e de recebíveis de cartão de crédito, mas a tendência é que o leque seja ampliado para diversos segmentos.

Matos revela que diversos empresários da Capital já estão demonstrando intenção de tokenizar ativos, possibilidades que passarão por um processo de avaliação, viabilidade e estruturação até ser lançado de fato.

Investimento com diversão

Passando para o cenário nacional, já estão surgindo opções que unem o universo digital, NFTs e investimentos. É o caso do Clash of Cars, um jogo do modelo race to earn, ou seja, no qual os jogadores são recompensados a partir de suas conquistas no jogo.

O COO da empresa, Euquias Correia, explica que os usuários podem comprar a moeda da plataforma, chamada de clash, com dólares e com elas adquirir os carrinhos, que são NFTs.

A medida que as corridas vão sendo vencidas, os jogadores recebem mais clashs, que podem ser convertidos para dólar e resgatados. Correia explica que o valor do clash varia conforme a demanda pela moeda.

Lançado em 28 de janeiro, o Clash of Cars já possui entre 6 e 7 mil usuários ativos, sendo a maioria proveniente do Brasil, mas também de países como Filipinas, Vietnã, Portugal, Espanha, Argentina, entre outros.

O jogo tem potencial de alcançar 100 mil usuários ativos no próximos meses, segundo Correia.

“Os jogos de NFTs estão vindo para ficar e o mercado está em uma rápida profissionalização. Começou com entusiastas, mas é preciso se profissionalizar. E por isso temos especialista em fundos de investimentos, economistas operacionais, especialistas em game e jogabilidade”, ressalta o executivo.

Além disso, ele destaca uma virada de chave no mundo dos games com esse sistema: enquanto antes os usuários pagavam para jogar e adquirir itens, agora eles recebem para jogar.

Fonte: Diário do nordeste

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