O presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou novamente o sistema eleitoral brasileiro e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante uma transmissão ao vivo na noite de hoje. O chefe do Executivo começou a live criticando o Tribunal e disse que a instituição toma “medidas arbitrárias” ao falar do caso do deputado estadual Fernando Francischini.

Ao repercutir notícias da semana, Bolsonaro leu uma sobre o TSE ter sido premiado por uma iniciativa que envolve o jornal O Globo e, por isso, com boa parte do júri composta por jornalistas ligados ao grupo.

“Com esse time de autoridades, julgadores e jurados, não poderia ser outra coisa. O TSE é uma maravilha”, ironizou o presidente sobre o Tribunal ter sido escolhido como a Personalidade 2021 pelo Prêmio Faz Diferença.

Apesar de não confirmar se vai aos debates presidenciais deste ano, Bolsonaro falou hoje estar disposto a ter uma conversa ao vivo na TV Globo sobre “segurança nas eleições”.

STF suspende cassação de bolsonarista

O chefe do Executivo também comentou sobre o ministro Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), ter suspendido hoje a decisão do TSE de cassar o deputado estadual Fernando Francischini, garantindo ao parlamentar bolsonarista a restauração de seu mandato na Assembleia Legislativa do Paraná.

Francischini foi o primeiro parlamentar punido por compartilhar informações falsas sobre o processo eleitoral. A PGR (Procuradoria-Geral da República) pode recorrer.

“O TSE está tendo medidas arbitrárias, contra o Estado democrático, atacam a democracia e não querem transparência no sistema eleitoral”, acusou depois de elogiar a atuação de Nunes Marques.

Histórico

As declarações de hoje de Bolsonaro se juntam a uma lista de ataques infundados do presidente ao sistema eleitoral brasileiro, que registra os votos por urnas eletrônicas.

O mandatário vem, constantemente, dizendo que as eleições serão limpas, mas repete os ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral, incluindo críticas aos ministros do TSE.

Desde que as urnas eletrônicas foram implementadas —parcialmente em 1996 e 1998, e integralmente a partir de 2000— nunca houve comprovação de fraude nas eleições brasileiras, mesmo quando os resultados foram contestados. A segurança da votação é constatada pelo TSE, pelo MPE (Ministério Público Eleitoral) e por estudos independentes.

Em outubro, o TCU (Tribunal de Contas da União) emitiu um relatório técnico reforçando que as urnas são seguras e auditáveis, e que a impressão do voto traria riscos e exigiria recursos que não estão disponíveis atualmente na Justiça Eleitoral.

Fonte: Uol

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