Segundo especialistas, é comum haver ondas de calor na primavera, mas elas têm sido mais intensas em razão da crise climática e do El Niño. Dados do Inpe mostram que a frequência aumentou muito.

A onda de calor é comum todos os anos na “transição” entre a primavera e o verão. O meteorologista Giovanni Dolif, do Centro Nacional de Desastres Naturais (Cemaden), explica que, nessa época, a Terra já está mais exposta ao Sol com a proximidade do verão.

E as temperaturas altas ocorrem porque é uma temporada sem chuva e, com isso, menos nuvens para impedir a passagem de tanto calor.

  • No domingo (12), o Rio de Janeiro registrou a maior máxima do ano, com 40,4ºC.
  • A semana começou com São Paulo chegando aos 37,7ºC, marcando o segundo dia mais quente da história das medições feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1943.
  • Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Rio de Janeiro e Teresina estão com um calor tão intenso que a previsão é de que, nesta terça-feira (14), batam recorde de máxima com 13°C acima da média de novembro.
  • O Inmet colocou 15 estados sob alerta de grande risco pelo calor intenso.

Os dados mostram que, década após década, aumentou o total de dias do ano sob efeito de ondas de calor. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até os anos 1990, eram sete dias em média. Os dados mais recentes indicam mais de 50 dias de calor atípico em média por ano.

  • De 1961 a 1990: 7 dias
  • 1991 e 2000: 20 dias
  • De 2001 a 2010: 40 dias
  • 2011 e 2020: 52 dias

 

Os números indicam que houve aumento das ondas de calor ao longo dos períodos analisados, em praticamente todo o Brasil, com exceção da região Sul, uma parte do sul do estado de São Paulo e o sul do Mato Grosso do Sul.

Fonte Por: g1.globo.com

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