Trabalhadores do sistema prisional de cogestão irão paralisar atividades caso negociações salariais não avancem; funcionário alerta para risco de rebelião

Monitores que trabalham no Conjunto Penal de Eunápolis ameaçam entrar em greve após o Carnaval, no fim de fevereiro, caso não ocorra avanço nas negociações salariais da categoria. O risco de paralisação atinge os oito presídios da Bahia que são administrados parcialmente pela iniciativa privada, em regime de cogestão, entre eles o de Eunápolis.

Os trabalhadores do sistema prisional de cogestão dizem que recebem R$ 1.480 e que estão há cinco anos sem reajuste salarial. Segundo a categoria, tanto a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), como os empresários que administram os presídios, vêm se negando a abrir negociação.

Além disso, eles também reclamam que não recebem qualquer apoio da Seap e que fazem o serviço que caberia aos policiais penais.

RISCO DE REBELIÃO – Monitores do presídio de Eunápolis alertam sobre o risco de rebelião caso aconteça uma greve. Segundo eles, a unidade de Eunápolis é a 5ª mais violenta da Bahia e vive um período de grande tensão, devido ao baixo efeito de agentes de disciplina.

A falta de monitores é causada pelo baixo valor do salário, o que afasta interessados para o cargo, acrescentam os funcionários.

“Estamos cansados e vamos parar. Somos ameaçados diariamente por líderes das maiores facções criminosas de Eunápolis e de Porto Seguro para ganhar quase um salário mínimo”, destacou um monitor.

De acordo com dados da Seap, vinculada ao governo da Bahia, o Conjunto Penal de Eunápolis abriga, atualmente, 565 presos.

 

Por: radar.news

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